Ministro da Educação sobre isenções negadas: "Eu cumpri o que o edital dizia"

A fala ocorreu durante live realizada nesta quinta-feira (16)
Milton Ribeiro - RafaalBandeira/LeiaJáImagens

Durante transmissão ao vivo sobre a abertura de adesão ao Exame Nacional de Residência (Enare), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, falou, nesta quinta-feira (16),  acerca de sua presença na Comissão de Educação do Senado, onde prestou esclarecimentos das colocações em relação aos alunos com deficiência. O responsável pela pasta reafirmou os investimentos realizados pelo Ministério e, mais uma vez, ressaltou que há um cuidado com o dinheiro público.

"Eu tenho muito respeito com os recursos públicos. Fico indignado quando vejo um gestor público desviar dinheiro de merenda, de construção, de carteira. Isso para mim dói na alma. Como alguém que se elege e se coloca a desviar para aqui ou ali. Isso para mim é não tem cabimento", disse Ribeiro.

Na ocasião, o ministro também pontuou algumas questões acerca da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), assim como, abordou a reabertura das inscrições apenas para quem conseguiu isenção e não compareceu nos dias da avaliação em 2020. "Nas inscrições do Enem deste ano, 2,5 milhões de pessoas não conseguiram isenção. No edital estava escrito da seguinte forma: que a pessoa só teria direito a ter gratuidade se ela faltasse e justificasse. Milhões de pessoas simplesmente não vieram e nem justificaram. Quando elas tentaram fazer novamente [as inscrições], eu cumpri o que o edital dizia", frisou.

Ele ressaltou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, por unanimidade, decidiu pela reabertura, com isenção, para todos os candidatos. No entanto, o ministro reforça que seguiu as normas previstas no documento que rege a avaliação.  Dirigindo-se ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Milton Ribeiro voltou a dizer que foram investidos na edição anterior do Enem R$ 300 milhões que, segundo ele, foram jogados "na lata do lixo". "Eu paguei a impressão, a confecção, o aluguel de lugares e eu queria deixar isso claro. Nós estamos vivendo momentos difíceis e não podemos jogar R$ 300 milhões no lixo e foi isso o que aconteceu". 

Ao finalizar o assunto, Ribeiro afirmou que as pessoas que se ausentaram no Enem 2020 e não justificaram, mas desejam ter novamente isenção da taxa, agiram com "desrespeito". 

 

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