Do Exército para os Correios: Inep muda local de armazenamento do Enem 2021

Malotes em São Paulo, anteriormente armazenados com o Exército Brasileiro, estão em centro de distribuição dos Correios, em Cajamar
Danilo Dupas, presidente do Inep - TV Câmara/Reprodução

Na manhã desta quarta-feira (17), em audiência pública no Senado Federal, Danilo Dupas, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), confirmou que o armazenamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em São Paulo não ficaram sob a guarda do Exército Brasileiro e sim no centro de distribuição dos Correios em Cajamar. Medida é tomada pela primeira vez em 12 anos. 

Anteriormente, os malotes com as provas ficavam sob a guarda do Exército Brasileiro no período de impressão na gráfica até a distribuição pelo Brasil. Ainda que os Correios fossem responsáveis pelo transporte das provas por todo país de avião, estradas ou barcos, durante todo o processo era realizado uma escolta da Polícia Rodoviária Federal e Polícias Estaduais. 

Dupas afirmou em audiência que 28 unidades do Exército estão ajudando no armazenamento das provas e pontou: “Em termos de logística da equipe técnica, alinhado com os Correios, decidiu encaminhar para os Correios para ampliar um pico essa parcela de avaliações em Cajamar”, disse aos senadores. 

Segurança

A Polícia Federal afirmou, em nota, que “dois peritos criminais federais lotados na superintendência regional da Polícia Federal em São Paulo” realizaram no dia 23 de setembro uma vistoria no Centro de Distribuição dos Correios em Cajamar. Segundo a Polícia Federal: “o Centro de Distribuição dos Correios de Cajamar foi considerado satisfatório para o armazenamento das provas pelos Peritos Criminais Federais, se tratando de um local considerado com segurança adequada”, afirmaram em nota. A fiscalização foi a pedido do Inep. 

O Exército assumiu a função de guardar as provas desde a primeira edição do Enem em 2009 onde houve o roubo de uma das avaliações por um funcionário da gráfica, adiando o exame em dois meses. Os malotes ficavam 24h sobe a proteção dos membros do 4º Batalhão de Infantaria Leve Militar do Sudeste, em Osasco, no estado de São Paulo.

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