Bolsonaro critica questões do Enem 2021

Presidente afirmou que se a prova tivesse a sua interferência seria com 'questões objetivas'
Presidente Jair Bolsonaro - Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

A solenidade do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, realizada nesta quarta-feira (24), em Brasília, contou com a presença de autoridades, entre elas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Educação, Milton Ribeiro. Na ocasião, Ribeiro ressaltou a importância das instituições e enalteceu o Governo Federal ao alegar que "não há mais corrupção".

Após a fala do responsável pela pasta, Bolsonaro, além de destacar o programa, falou sobre o primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, realizado no último domingo (21), e das acusações de interferências dele, como também, do ministro da Educação, na construção da avaliação.

"Acusaram a mim e ao ministro, né? De ter interferido na prova do ENEM. Se eu pudesse interferir, pode ter certeza, que a prova estaria marcada para sempre com questões objetivas de fato, não com questões como ainda vimos nessa prova", criticou o presidente da república.

E continuou: “Até na imprensa saiu, né? Que eu queria botar a matéria da ditadura militar. Não vou discutir se foi ou não foi ditadura militar. Mas, eu queria botar aqui uma questão lá se pudesse. É (...) quem foi o primeiro general que assumiu em 1974 foi Castelo Branco. Em que data? Eu queria botar lá. Duvido que a imprensa acertaria, né? [...] O que que eu quero com isso? Não é discutir o período militar? É começar a história do zero”, afirmou.

Censura ideológica e crise no Inep

As semanas que antecederam o primeiro dia de aplicação do Enem foram marcadas por pedidos de demissões de 37 servidores do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo exame. Os profissionais alegaram assédio moral, praticado pelo presidente do instituto, Danilo Dupas, e interferência, por parte do Governo Federal, na construção da avaliação.

De acordo com os servidores, temas "mais sensíveis ao governo" não deveriam compor a prova. No mesmo período, Jair Bolsonaro alegou à imprensa que, agora, o Enem estava "a cara do governo".

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