Saiba como melhorar a estética da sua letra para redação do Enem

Segundo edital, a redação precisa ser legível para ser avaliada
A redação precisa ser legível - Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Por Lara Tôrres

A digitalização das atividades ao longo dos anos vem levando as pessoas a escreverem cada vez menos à mão, com papel e caneta, reduzindo a prática da caligrafia e, muitas vezes, a falta desta prática prejudica a estética da letra. 

A chamada “letra feia” preocupa muitos estudantes que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e temem que os corretores da redação não consigam entender o que está escrito, o que acarreta em notas baixas. Essa preocupação acaba gerando ansiedade e preocupação durante os períodos que antecedem a prova.

Pensando nisso, O Vai Cair no Enem esclarece as dúvidas sobre o assunto. Confira a seguir:

Textos ilegíveis 

Fazer a redação com uma letra que seja ilegível fará com que o estudante não receba nota. Segundo o edital, toda redação que “apresente letra ilegível, que impossibilite sua leitura por dois avaliadores independentes, o que configurará anulada". 

A cartilha que o Inep elaborou em 2020 especificamente sobre a prova de redação também enfatiza que será atribuída nota zero a redação que “seja escrita de forma ilegível, impossibilitando sua leitura por dois avaliadores independentes”. 

Pode usar letra de forma?

O edital do Enem não estabelece nenhum critério sobre a caligrafia, além de que a letra seja legível. Logo, não existe uma escolha ideal de tipo de caligrafia para a redação.

Assim sendo, é permitido escrever o texto em letra de forma. Contudo, é importante tomar um pequeno cuidado caso o estudante decida escrever assim: diferenciar bem as letras maiúsculas das minúsculas.

De acordo com o edital do Enem, o texto deve ser escrito na modalidade formal da língua, e recomenda atenção a elementos como a “estrutura dos períodos, à acentuação e à ortografia, ao emprego do hífen e das letras maiúsculas e minúsculas”.

Outra dica importante aqui é evitar misturar letras cursivas com letras de forma, pois há prejuízos na Competência 1, que verifica a correção gramatical. 

E como melhorar a letra?

Reunimos dicas de especialista em redação para te ajudar a aprimorar a sua escrita e garantir que os corretores do Enem consigam entender perfeitamente tudo que você colocar no texto:

Professor Isaac Melo 

"Uma das possibilidades é mudar para a letra de forma, caso ela seja mais legível, mas essa estratégia é para aqueles alunos que, de última hora, percebem esse problema de caligrafia. Na maioria das vezes são alunos que só começam a escrever faltando pouco tempo para o realização do exame oficial" De acordo com o professor, estudantes que se preparam desde cedo observam, pela correção das redações ou pela leitura de amigos, se a caligrafia é um problema.


Professora Suelen Oliveira 

A docente aconselha os candidatos que se sentem inseguros a treinar a redação. "É fundamental fazer primeiro o rascunho e, só depois, com calma, transcrever o texto definitivo, pois esse é o momento dos ajustes. Não faz diferença usar letra cursiva ou de forma, todavia ele deve usar a mesma letra ao longo do texto, não pode ter variação".


Professora Fernanda Bérgamo 

A professora Fernanda orienta também para que os estudantes treinem a escrita da redação. "O aluno que se sente inseguro com a letra tem 4 a 6 meses para praticar. Não digo caligrafia, mas modificar a letra mesmo: passar letra cursiva para letra de forma, diferenciar maiúscula da minúscula, porque só essa questão pode comprometer a Competência 1".  

Segundo a docente, letras muito pequenas comprometem muito a nota, já que a correção é realizada de maneira digital. Bérgamo faz questão de ressaltar que letra legível é essencial. "Tem gente que tem letra legível, mas muito pequena, fica apertando a letra porque usa até a última linha. É mais negócio fazer parágrafos mais objetivos, despertar a simpatia do corretor antes mesmo que ele comece a ler". 

Para encerrar a docente ainda deixa uma dica importante: "Cuidado também com erros de grafia! Algumas pessoas não conectam o “tracinho” do “Ç” no “C” e fica parecendo um acento na linha de baixo. Outras pessoas têm a vogal “e” muito fechada, podendo comprometer a grafia". 

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