
Por Alice Albuquerque
A expectativa dos estudantes neste primeiro domingo (13) de aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 é alta. Em uma instituição de ensino superior localizada no bairro da Boa Vista, área central do Recife, muitos estudante chegam para a realização do Enem Digital, implantado em 2020.
O estudante Cleysson Dias, de 17 anos, aluno do 3º ano do ensino médio, optou pela versão do Enem Digital para ""já estar imerso na tecnologia desde a prova do vestibular", pois pretende cursar ciência da computação. "O Enem Digital é mais prático para responder a prova e porque eu achei mais fácil, já que o meu curso tem a ver com tecnologia. A expectativa está boa", disse.
O vestibulando estava acompanhado da mãe, Aline Lima, de 37 anos, que tem mais dois filhos além de Cleysson. Ela fez questão de acompanhar o primogênito no primeiro vestibular. "É uma oportunidade que não só ele, mas todos os adolescentes têm. Estamos com a expectativa máxima", afirmou.
O estudante Gabriel Francisco, de 18 anos, é morador da Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte, e veio fazer a prova no Centro do Recife porque errou o endereço na hora da inscrição. Francisco saiu da Ilha por volta das 8h30 da manhã para conseguir chegar a tempo da prova, e chegou no local às 10h30. Esta é a primeira vez dele fazendo o Enem. "Eu acabei não podendo estudar muito por preguiça mesmo, acabei não revisando muito os assuntos e nem estudando muito para a redação".
Ele estava com a irmã, Laís Morgana, de 27 anos, que destacou a importância de acompanhá-lo, orientá-lo incentivá-lo a fazer a prova, já que é mais velha. "Como eu tenho mais conhecimento por saber a importância que são os estudos, acabei pressionando ele para que fizesse o Enem para que ele consiga um curso superior, algo mais avançado e melhor. Vim para cá com ele, quis acompanhar para que fosse um incentivo maior e ele não desistisse mesmo pela distância. Também porque, por ele ser jovem, muitas vezes a gente sabe que quando está nessa idade acha que não é tão importante, mas hoje eu sei a importância que é terminar o ensino médio e já entrar na faculdade. Eu tento fazer com que ele não acabe esperando tanto o quanto esperei", desabafou.
Comércio
À reportagem, comerciantes informaram que a movimentação nas imediações da instituição de ensino superior está fraca neste ano, e acreditam que seja porque a universidade recebe exclusivamente a versão digital nesta edição.
A comerciante Sabrina Carolina, de 22 anos, contou que só trabalha no local quando tem o vestibular, há quatro anos. Na barraca em que trabalha, é possível encontrar de caneta esferográfica preta, que é a permitida para a prova, a chocolate e cachorro-quente. "O fluxo de pessoas diminuiu muito de quatro anos para cá, até quando estava na pandemia muitas pessoas desistiram de fazer a prova também. Agora, todo mundo achava que ia ser melhor, mas não melhorou [o fluxo de pessoas]", relatou. Sabrina está no local desde às 6h30 da manhã, e só deve ir para casa depois que a prova acabar.
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