
Por Mariana Ramos
Em muitas culturas ao redor do mundo, no dia 25 de dezembro é comemorado o natal. A data originalmente não estava ligada ao cristianismo e possui influências históricas importantes e que podem aparecer em questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2023.
Sem dúvidas, sobretudo no mundo ocidental, um fato muito celebrado na data é nascimento de Cristo. Mas nem sempre foi assim. De acordo com o professor de história, Marlyo Alex, antes, neste período do ano, havia uma celebração pagã conhecida como o dia do sol.
O professor ainda pontua que a Igreja é quem apropriou-se da festa para torná-la cristã. “O natal é uma festividade pagã, que estará associado a diversas culturas da Europa, que vão associar esse final de ano como o dia do sol, o solstício. Ou seja, o período que o sol passa mais tempo no céu e vai haver essa comemoração do dia, da vida e da luz. A Igreja Católica vai se apropriar dessa festividade, que já existia, e vai adaptá-la, inserindo o nascimento de Cristo”.
O professor de história Everaldo Chaves também reforça a forte ligação com a história do cristianismo e a atuação católica sobre a festa durante a idade média. “Houve uma atitude da igreja cristã de, para apagar culturas pagãs e estabelecer o credo e crenças cristãs, incluindo o natal como nascimento de cristo, sobre a população europeia”, explica.
Coincidências ou não, a data é marco para diversos acontecimentos históricos envolvendo cristianismo e poder. Por exemplo, em 508, quando Clóvis I, o rei dos Francos, se converte à religião cristã e inicia um grande processo de conversão de povos bárbaros, além do povo Franco. Na mesma data, mas em 800, seu sucessor, Carlos Magno, é coroado imperador do Sacro Império Romano-Germano, criador do renascimento carolíngio, onde a igreja pode controlar o ensino, influenciando cada vez mais a educação.
Trazendo para atualidade, já com o natal comemorando o nascimento de Jesus de maneira mais consolidada, em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, houve uma trégua nas trincheiras do fronte ocidental por causa do natal. Os soldados ingleses, franceses e alemães que decidiram, então, não atacar seus inimigos naquele dia.
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