Dia do Nordestino: quais obras literárias escritas por autores da região podem ajudar na redação do Enem

O Vai Cair No Enem separou uma lista de obras escritas por autores do Nordeste que podem ajudar o aluno
O domínio de outras áreas de conhecimento costuma ser um elemento decisivo na correção da prova. - Foto: Ananda Brayner

Por Ananda Brayner

A pouco menos de um mês para a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), os estudantes seguem treinando os melhores e mais completos modelos de redação. Como uma das competências que se configuram importantes para a escrita do texto, o domínio de outras áreas de conhecimento costuma ser um elemento decisivo na correção da prova.

Dados históricos, científicos, livros que fazem parte da formação literária do Brasil. Todos esses podem ser utilizados na hora de produzir a sua redação. Por isso, em 8 de outubro, Dia do Nordestino, o Vai Cair No Enem separou uma lista de obras escritas por autores do Nordeste que podem ajudar o aluno a aumentar o seu repertório textual. Confira:

Auto da Compadecida – Ariano Suassuna

Ambientada no sertão nordestino, a obra reúne, com humor, personagens e histórias paralelas. Os contos retratam a dura realidade do sertanejo, pautada na fé e muitas vezes cercada por injustiças. Também faz referência ao coronelismo, satirizando os religiosos e poderosos, e evidenciando as péssimas condições de trabalho e vida da maioria dos brasileiros.

Gabriela, cravo e canela – Jorge Amado

Escrita pelo dramaturgo Jorge Amado, Gabriela se passa na alta sociedade de Ilhéus, Bahia, em 1920. Também fazendo referência às práticas coronelistas, o romance retrata a realidade da época de marcantes personagens, destacando ainda a vida dos imigrantes, e evidenciando a criminalidade e a politicagem da região com um tom de crítica e humor.

Vidas secas – Graciliano Ramos

Em “Vidas secas”, o escritor modernista Graciliano Ramos conta a história de uma família de retirantes. Procurando por melhores condições de vida, os personagens iniciam um processo de migração pela área da caatinga nordestina, mas não conseguem se assentar por muito tempo em uma determinada terra. Publicado em 1938, o romance apresenta um cunho regionalista, e mostra a dolorosa e difícil luta das pessoas do serão por uma vida digna.

O navio negreiro – Castro Alves

O livro, escrito e pulicado durante o período da terceira geração do romantismo, mais conhecida como “condoreira”, mostra a dura realidade da época de escravização brasileira. Na obra, que foi publicada no ano de 1869, Castro Alves retrata em forma de poesia abolicionista as condições de sobrevivência nos chamados “navios negreiros”, embarcações que traziam os africanos escravizados para o Brasil. Em um tom poético, o romancista denuncia e critica as condições desumanas que se encontravam essas pessoas.

Morte e vida severina – João Cabral de Melo Neto

O pernambucano João Cabral de Melo Neto, autor da obra, buscou retratar em “Morte e vida severina” a vida de um sertanejo nordestino que deseja migrar para o litoral. Em busca de melhores condições, Severino, personagem principal, lida com as questões do povo do sertão, que ainda sofre com o poder dos donos de terra, e permanece sob o comando de poderosos da região. A poesia regionalista traz novamente a temática coronelista e a sobrevida do povo sertanejo, muitas vezes esquecido no Brasil.

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