Novo Enem " valorizará a capacidade de reflexão e análise", afirma ministro da Educação

A reestruturação do exame foi anunciada oficialmente nesta quinta durante coletiva de imprensa
Anunciadas oficialmente nesta quinta-feira (17), as mudanças visam acompanhar as diretrizes do Novo Ensino Médio - Valter Camnpanato/Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC), representado por Milton Ribeiro, anunciou, nesta quinta-feira (17), a reestruturação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) durante coletiva de imprensa realizada em Brasília. As mudanças visam acompanhar as diretrizes do Novo Ensino Médio, que iniciou nas instituições em 2022.

"O Enem precisa acompanhar a evolução da educação brasileira, das avaliações internacionais e a reforma do Ensino médio e valorizará ainda mais a capacidade de reflexão e análise, além de contemplar a flexibilidade curricular. Os estudantes que escolherem o ensino técnico também estarão mais próximos do ensino superior", destacou o responsável pela pasta. Na ocasião, além de Ribeiro, estiveram presentes o secretário-executivo do MEC, Victor Godoy, o presidente do Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas, e técnicos da pasta.

Reforçando o discurso de Milton Ribeiro, o secretário-executivo do MEC salientou que o prazo para a realização das mudanças no exame é até 2024, período limite para que todas as escolas modifiquem os currículos do ensino médio. Durante a fala, Godoy aponta que as discussões para o novo formato do Enem começaram em julho de 2021. De acordo com o secretário, nessa data, foram formados grupos de trabalho compostos por representantes das secretarias do MEC, Inep, do Conselho Nacional de Educação (CNE), Conselho de Secretários Estaduais da Educação, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e Federação Nacional das Escolas Particulares.

Ainda segundo o representante do MEC, o exame será constituído por dois instrumentos: "um comum a todos os estudantes para avaliar as competências e habilidades da formação geral, conforme a BNCC, com ênfase em língua portuguesa e matemática. O outro irá avaliar os itinerários formativos, de acordo com o percurso e a direção desejada pelos estudantes para a sua formação superior", pontuou. 

Comitê de Governança

Outro apontamento realizado pelo secretário-executivo do Ministério da Educação é a criação do Comitê de Governança, criado pelo MEC e coordenado pelo Inep, que será responsável pela "previsibilidade, transparência e o contínuo aperfeiçoamento do exame". Esse grupo deve ser composto por representantes da pasta educacional, como também, do instituto, universidade, institutos federais, entre outros.

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