Na reta final para o Enem, o momento é de diminuir os estudos, alertam professores

Professores indicam quantas horas por dia devem ser mantidas na reta final e como os alunos devem se organizar
Prova do Enem 2021 - Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

A poucas semanas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) 2022, a ansiedade toma conta dos estudantes e muitos começam a estudar por muitas horas seguidas. Mas será mesmo que essa é a forma ideal de passar os últimos dias antes da prova? Nesta reta final, é fundamental canalizar a energia para os lugares certos e, assim, garantir bons resultados.

Profissionais explicam como os candidatos devem agir nessas últimas semanas e como organizar o tempo de estudo. O professor de geografia Carlos Lima não aconselha que a rotina de aulas e revisões seja intensificada nesse período pré Enem. “O que normalmente eu tenho aconselhado para os meus alunos, que obviamente eles vão querer estudar, é que se quiser intensificar alguma coisa, obviamente, é fazer exercícios, pegar provas antigas e, quando estiver faltando um dia ou dois para a prova, o aluno deve esquecer os estudos e relaxar pra tratar da saúde mental”, destacou.

Ainda de acordo com o professor, esse é o momento de revisar alguns assuntos e praticar exercícios. “Se é um aluno que estudou, se preparou razoavelmente, então não é um estudo das últimas duas semanas ou de um fim de semana que vai resolver o problema. O foco de agora é cuidar da saúde mental e, se possível, fazer alguns exercícios pra reforçar alguns conteúdos na mente dele, mas nada pesado, nada intensificado, algo controlado”, finalizou Carlos.

Segundo o professor de português e redação, Anderson Araújo, o estudo de duas horas por dia nessa reta final é suficiente para o estudante que se dedicou ao longo desse ano. “A ideia é que o aluno vá diminuindo ao longo do tempo o processo de estudo e aí quando chegar na reta final, uma semana antes, se você estudava cinco horas por dia, que você estude duas e que tenha um dia na semana para descansar” explica.

A coordenadora pedagógica do GGE, Juliane Galindo, destaca que sempre costuma conversar com os alunos sobre o tempo de estudo e como eles devem se organizar. “Eu passo para os meus alunos que não adianta eles desperdiçarem tempo, nem esforços, com assuntos que eles tiveram dificuldades e nem estudar o assunto que eles dominam. O segredo é revisar, fazer exercícios, pegar provas antigas e colocar em prática para eles verem como estão se saindo. O tempo de estudo é bem relativo agora, porque vai depender do emocional do aluno. Eu vou fazendo o individual de cada aluno quando eles vão me procurando, mas eles podem escolher um sábado ou um domingo, algumas horinhas, em torno de três horas, quatro horas no máximo, para estudar”, finaliza a coordenadora.

Saúde mental

É necessário que o estudante entenda o seu limite. A pressão para ser aprovado é grande e, muitas vezes, parte dos próprios familiares, o que pode ser mais difícil de lidar. Mas esse é o momento de diminuir os estudos e buscar táticas para relaxar antes do exame.

“Na semana da prova, deve ser uma semana que você vai diminuir um pouco esse volume de estudo. Porque é uma tendência de você começar a organizar a sua mente a trabalhar com menos ansiedade na pré-prova. Se a gente intensifica demais esse período de estudos na semana, um dia antes, não adianta. Só vai, vai levantar mais ainda o processo de de ansiedade e de nervosismo”, frisa Karina Paz, psicóloga educacional.

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