Enem: principais polêmicas e fraudes em 25 edições

Desde a sua criação, se tornou importante e muito requerido, aumentando as tentativas de fraudes.
Enem é uma forma de ingresso em universidades e institutos federais. - Foto: Freepik

Escrito por Ellen Tavares 



O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi criado em 1998, como uma forma de ingresso em todas as universidades e institutos federais, mas também para algumas estaduais e particulares.

Além disso, alguns critérios foram adotados pelo exame, como os programas que auxiliam o governo nas políticas de melhoria educacional do país.

Portanto, desde a 12ª edição (2009), mudanças foram necessárias para a execução da prova- passou a servir como uma espécie de “vestibular nacional” como um processo unificado de seleção- visando a democratização das oportunidades de mudança  de vida entre os estudantes. 

Diante dessas condições, algumas ações ilegais executadas por quadrilhas, grupos criminosos e estrategistas ocorrem desde então para fraudar a realização do exame de diversas formas.

Tópicos de polêmicas e fraudes em 25ª edições do ENEM:

Recentes

Na sexta-feira, 16 de fevereiro, a operação Passe Livre apreendeu telefones celulares e provas do Enem dos anos de 2019 a 2023. Segundo a polícia, um estudante de medicina da Universidade Estadual do Pará (Uepa) teria realizado provas do Enem, de 2023 e 2022, no lugar de dois candidatos. As investigações seguem em andamento para descobrir se existem outros aprovados irregularmente por meio do esquema criminoso.

Caso mais famoso

A tentativa de fraude mais conhecida ocorreu em 2009, quando houve o cancelamento por conta do vazamento das provas roubadas da gráfica contratada pelo Ministério da Educação e vendidas a uma jornalista do Estado de S. Paulo, que deu o furo de notícia em primeira mão. 

Na época, o presidente do Inep era Reynaldo Fernandes e ele afirmou que houve 99% de indícios de vazamento, levando ao adiamento da prova que seria no começo de outubro, mas foi transferida para o início de dezembro do mesmo ano.

Vazamento de provas e questões

2011 – Professor de escola particular em Fortaleza foi acusado de vazar questões da prova para os alunos, cerca de uma semana antes da aplicação do exame. Ele usou as questões como um pré-teste do Enem organizado pela Fundação Cesgranrio.

2016/2017 – Grupo de 11 criminosos em 8 estados usavam pontos eletrônicos para transmitir gabarito aos candidatos. Os mesmos alvos das operações tentaram burlar o Enem de 2017, mas não existem indícios concretos de que não se podia colocar em suspensão as provas.

2023 – Oito pessoas divulgaram imagens do caderno de questões, mas a Polícia Federal as identificou e não havia nenhuma informação do conteúdo antes do início das provas. O caso foi tratado como “ocorrências pontuais” em mais de 5 estados brasileiros pelo ministro da educação, Camilo Santana.

Celulares e redes sociais

2014- Um estudante do Piauí enviou uma mensagem por um aplicativo de mensagem, horas antes do início do exame. O conteúdo ilegal continha a imagem do tema da redação recebida na manhã do teste.

2015 – Um estudante e técnico administrativo do Rio Grande do Norte portava um fio ao redor do pescoço que descia pelo corpo, ligado a um equipamento eletrônico. Ele foi pego pelos fiscais com o uso de detector de metais. Além disso, ainda houve três casos em que imagem das provas foram postadas em redes sociais, tiradas dentro do local do exame.

2021 – Um estudante do estado do Pará foi beneficiado por um esquema ilegal que fotografava as questões com o celular e enviava para especialistas responderem. Atrelado a isso, outro suspeito investigado ficou pagando via pix, os especialistas em tempo real.

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