Por Maria Fernanda
Os Jogos Olímpicos de Verão são realizados a cada quatro anos e o evento, como de costume, consegue mobilizar o público do mundo inteiro, não somente para apreciar a atuação dos melhores atletas em seus respectivos esportes, como também para trazer à tona diversos debates importantes para a sociedade. A edição de 2024 das Olimpíadas, que acontece na cidade de Paris na França, desde o último dia 27 de julho, nos proporcionaram vários momentos históricos e discussões de temas interessantes que, de alguma forma, podem marcar presença no Exame Nacional do Ensino Médio.
A redação do Enem pode abordar temáticas fundamentais para o Brasil e o mundo dos esportes não fica de fora destas discussões. As Olimpíadas podem servir para a construção de diversos repertórios para o texto dissertativo-argumentativo, trazendo pontos relevantes para a sociedade.
Segundo o professor de redação, Isaac Melo, o estudante deve pensar nos elementos que formam um atleta para construir bem o texto e utilizar as olimpíadas para fazer a contextualização . “Na hora de pensar em usar as Olimpíadas 2024 de Paris na elaboração textual do Enem, o estudante precisa, primeiro, se inteirar de quais os ingredientes necessários para a construção de um bom atleta. Não é somente força de vontade, garra, coragem, atenção. Pensar somente dessa forma é romantizar um fato complexo que é ser um atleta.” comentou o professor de redação.
As Olimpíadas podem estar relacionadas a vários eixos temáticos, como pobreza, oportunidades político-sociais, racismo, transfobia, feminismo, além, claro, do fomento ao esporte no país. Esses temas aparecem em maior ou menor grau nas Olimpíadas de 2024 e podem servir muito bem na elaboração de uma redação para o Enem.
Os acontecimentos mais recentes nas olimpíadas de Paris (se tratando de Brasil), foram as medalhas de ouro conquistadas pela ginasta Rebeca Andrade e a judoca Bia Souza. O professor trouxe um exemplo de como os alunos podem ser mais assertivos em seus textos. Segundo ele, o candidato pode questionar o apoio do poder público aos esportes como judô e ginástica em relação ao futebol.
“O estudante pode ir além e questionar para onde se dirigem os holofotes da prática esportiva no Brasil, quase todos apontados para o futebol e, pouquíssimo, para o judô e a ginástica olímpica, para citar duas de nossas áreas de maior relevância na conquista de medalhas olímpicas nesta edição dos jogos olímpicos. Ou seja, a supervalorização de um setor esportivo em detrimento dos outros para o setor político público, midiático e privado, já que os patrocínios também são, sobretudo, para o futebol no Brasil, não por acaso é também para onde se dirigem as câmeras dos nossos principais veículos de comunicação.” Comentou Isaac Melo.
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