Dia da Língua Portuguesa: evite os erros mais comuns na prova do Enem

No Dia Mundial da Língua Portuguesa, professores de Linguagens trazem dicas importantes que podem elevar a nota da prova de redação
Entenda os erros mais comuns da Língua portuguesa e como evitá-los no Enem - Freepik

Por Maya Santos

Ter o domínio da Língua Portuguesa é uma característica importante para redigir um bom texto. Por isso, no Dia Mundial da Língua Portuguesa, trouxemos algumas orientações de como não cair nos erros mais comuns, assunto importante para abordar e saber como driblá-los na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Para o professor de Linguagens Diogo Xavier, quando falamos sobre os erros mais recorrentes devemos voltar nosso olhar para a escrita e suas normas gramaticais. Isso porque seria equivocado falar em erro ou acerto na língua oral, pois ela é rica, se atualiza ao longo do tempo e é plural.

Em entrevista ao Vai Cair No Enem, o professor de Português do Poliedro Curso, Cesar Ceneme, nos explica que ter uma boa escrita gramatical garante um bom desempenho na Competência 1, chamada no Enem de ‘C1’, que é a avaliação da adequação gramatical do estudante.

“Geralmente estudamos  na disciplina de gramática transitividade verbal, ou seja, como vamos colocar a preposição no verbo ou como vai fazer a concordância verbal. Apesar de não ter alternativas que cobrem diretamente esse conteúdo, às vezes o aluno acredita que não vai ser cobrado, e às vezes é nesse ponto que existe o problema em se expressar”, explicou Cesar Ceneme.

E sabemos que para a prova de redação do Enem, a norma culta padrão é a que deve ser levada em consideração. Por este motivo, o professor de Linguagens Diogo Xavier listou quais são os desvios das convenções escritas que geram mais dúvidas, além de compartilhar os macetes para garantir o acerto na redação do Enem. Veja a seguir:

Pronomes oblíquos

Devemos usar “entre mim e ti” e não entre "eu e tu"

Exemplo: Isso deve ser resolvido entre mim e ti.

Conjugação do verbo “fazer”

O correto é “faz anos” e não "fazem anos", pois o verbo fazer indica tempo decorrido e não tem sujeito e, por isso, não varia.

Exemplo: Faz anos que não o vejo!

Conjugação do verbo “haver”

O verbo “haver” é invariável. Usado com o significado de ocorrer, acontecer ou existir, não tem sujeito, por isso não vai para o plural.

Sua aplicação correta numa frase seria “houve acidentes” e não "houveram acidentes”.

Conjugação do verbo “discriminar”

O verbo discriminar significa segregar por meio de intolerância, desde que escrita com a letra “i”. 

Por isso, seria incorreto escrever com a letra “e”, visto que a palavra "descriminar" tem o sentido de inocentar ou fazer algo deixar de ser crime.

Exemplo: Eu não discrimino as pessoas!

Eu não descrimino as pessoas!

Uso do “eu” e “mim”

Na linguagem, “para mim” tem o sentido de alvo da ação ou ponto de vista.

Já o termo, "para eu” assume um lugar de sujeito de algum verbo.

Exemplo: Não traga livros para mim. Já tenho muitos para eu ler.

Outras cascas de bananas para saber e não errar da redação, é:

  • Usa-se “cidadãos” e não “cidadões”;
  • Escreve-se “os óculos escuros” e não “o óculos escuro”;
  • Na escrita, o correto é “a alface” e não "o alface";
  • Devemos usar “o dó” e não “a dó”. Exemplo: Fiquei com muito dó.

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