Com menos questões, geografia trouxe temas recorrentes e ausência de cartografia

Professor da disciplina, Charliton Soares analisa a prova
Caderno de questões do Enem 2023 - Elaine Guimarães/LeiaJá

Fazendo parte da prova de Ciências Humanas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a disciplina de geografia contou com menos questões, em relação a edições anteriores, de acordo com o professor Charliton Soares, e trouxe temas recorrente. Segundo o docente, mesmo com a redução dos quesitos, a avaliação de humanas teve uma divisão igualitária. "Não teve tanto destaque para geografia, mas a divisão entre as disciplinas de Ciências Humanas foi mais igualitária, mais justa".

À reportagem, ele observa que algumas temáticas estiveram novamente presentes na prova como, por exemplo, Amazônia e aquecimento global. Charliton Soares chama atenção para a questão 76 da prova amarela, que exigiu do estudante um conhecimento mais técnico. "Geralmente se tem uma visão de que a prova de geografia, a prova de humanas não é tão técnica, ela seria mais interpretativa, por conta das questões do texto. Mas, desde o ano passado, a gente vem percebendo um movimento diferente, com questões que trazem um aprofundamento maior".

Ainda de acordo com a análise do docente, temas que eram recorrentes no Enem não foram contemplados nesta edição. "Senti falta de cartografia, que é um tipo de assunto que é mais técnico. Nos últimos anos, sempre aparecia uma questão de mapa, progressão. Esse ano não caiu. Também senti falta de fontes de energia", frisa.

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