No Recife, comerciantes 'incorporam' o espírito do Enem: 'A gente acaba sentindo as emoções dos alunos'

Vendedores ambulantes relatam como é atravessar edições comercializando canetas, águas e lanches para os candidatos do Enem
Zuleide Marques - Felipe Holanda/LeiaJá

Por Felipe Holanda

"Todos os anos eu estou aqui. A gente vende nossos produtos, mas acaba sentindo as emoções dos alunos, vê muita gente chegando atrasado. O pessoal fica chorando, querendo pular o portão…” O depoimento sincero e singelo é de Zuleide Marques, 39 anos, que comercializa canetas e alimentos há pelo menos cinco edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no Bloco A da UNINASSAU, localizado nas Graças, Zona Norte do Recife.

Neste domingo (5), ela repetiu o ritual e chegou por volta das 9h à universidade. “É sempre bom chegar cedo para não perder a hora. Alguns vêm de longe, também. Todo ano eu vejo alguém chegando atrasado aqui, o 'povo' já está acostumado com isso", relatou à reportagem.

Zuleide também destacou a importância do Enem para o comércio de rua. "Ah, a gente sempre tirar um bom lucro. O pessoal gosta de comprar comidas para comer na hora da prova, alguns esquecem a caneta em casa. Não é fácil sustentar um filho sozinha”, contou.

Os portões da UNINASSAU, assim como em todas as unidades, abrem pontualmente às 12h e fecham às 13h, ambos no horário de Brasília.

Enem 2023

Neste domingo (5), os participantes resolverão 90 questões, sendo 45 de Ciências Humanas e outras 45 de Linguagens, além de uma redação. A prova inicia às 13h30 e tem duração de 5h50, finalizando às 19h.

No próximo dia 12 de novembro, os candidatos responderão a mais 90 quesitos, sendo 45 de matemática e outros 45 de Ciências da Natureza. A prova será aplicada das 13h30 às 18h30. Confira a cobertura completa do Enem 2023 no instagram.com/vaicairnoenem.

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