Nova proposta do ensino médio: entenda o que vai mudar na sala de aula e no Enem

O Ministério da Educação (MEC) apresentou, na última segunda-feira (7), mudanças para esta etapa educativa
Estudantes em sala de aula - Júlio Gomes/LeiaJá/Arquivo

Na última segunda-feira (7), o Ministério da Educação (MEC) apresentou nova proposta para o ensino médio, que pode substituir a última reforma nessa etapa educativa, rejeitada por estudantes e boa parte dos profissionais e entidades educacionais. Entre as principais modificações apresentadas pela pasta estão a possibilidade de aumento da carga horária básica obrigatória e diminuição dos itinerários formativos. 

Na proposta do MEC é sugerido o aumento do quantitativo de horas das disciplinas obrigatórias, ou seja, português, matemática e química, por exemplo. Logo, o ministério deve elevar essas horas para, pelo menos, 2,4 mil horas, sem limite máximo da carga horário, o que não se difere do atual modelo. No Novo Ensino Médio, aprovado durante a gestão de Michel Temer (MDB), em 2017, a disciplina de espanhol foi excluída, no entanto, a língua estrangeira, com a nova proposta do órgão federal, volta a ser considerada como alternativa ao inglês. 

Diminuição dos itinerários formativos

Também alvo de críticas, os itinerários formativos também devem ser alterados com o mais recente planejamento para o ensino médio. Na ocasião, o ministro Camilo Santana propôs renomear esse ponto para “percursos de aprofundamentos e integração de estudos" e reduzir o quantitativo de eixos.

Atualmente, os itinerários são formados por cinco blocos: Linguagens, Matemática, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Formação técnica. Caso haja a modificação, os eixos passarão a ser: Linguagens, Matemática e Ciências da Natureza; Linguagens, Matemática e Ciências Humanas e Sociais; Formação Técnica e Profissional.

O Ministério da Educação ressalta que o direcionamento dos itinerários será definido com normas infralegais após a aprovação da nova proposta para o ensino médio. Além disso, salienta-se que o estudante não será abrigado a cursar a formação técnica. As mudanças previstas não serão aplicadas de imediato, pois, a proposta só deve ser consolidada até 21 de agosto, segundo informações do Estadão.  Assim, as escolas devem manter, por ora, o planejamento de aulas. 

Quais serão as mudanças no Enem? 

O MEC não apontou mudanças imediatas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo Camilo Santana, até 2024, o exame cobrará apenas as disciplinas pontuadas como obrigatórias, ou seja, como exige o modelo avaliativo atual. No entanto, o ministro aponta que haverá novas discussões sobre o tema para que, assim, seja feita alguma modificação, em 2025, no exame.

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